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Brasil passa a exporta DDG/DDGS à Colômbia

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério de Relações Exteriores (MRE) anunciaram, nesta quinta-feira (05), a abertura de mais um mercado para exportação dos grãos secos de destilaria, conhecidos como DDG/DDGS no Brasil. Com isso, o Brazilian Distillers Grains poderá chegar a 36 destinos pelo mundo.

Desde 2023, a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) possui em convênio para promoção das exportações do DDG/DDGS, originados durante o processo de produção do etanol de milho.

Com o crescimento do setor, impulsionado pela demanda por biocombustíveis renováveis, o Brasil passou a produzir mais DDG/DDGS, que são utilizados para nutrição de bovinos, suínos, aves, peixes e animais de companhia, os chamados Pets.

O presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, afirma que toda a cadeia produtiva do etanol de milho está empenhada em desenvolver um produto cada vez melhor para mercado local e internacional, contribuindo com a intensificação da pecuária, com conversão de pastagens de baixa produtividade em áreas de agricultura e, principalmente, com a segurança energética e alimentar.

“O DDG/DDGS brasileiro tem hoje papel fundamental na intensificação da pecuária, viabilizando a produção de carne em menos área e de forma mais rápida. Isso devido aos investimentos das indústrias de etanol de milho em tecnologia para melhorar a qualidade do produto e garantir uma boa conversão alimentar do produto. Esse reconhecimento agora ganha o mercado internacional e os países que precisam de ração começam a buscar o DDG/DDGS brasileiro como insumo”, afirma Nolasco.

Este ano, entre os meses de janeiro e julho de ano, o Brasil exportou 493,775 mil toneladas de DDG/DDGS, volume 47% superior ao exportado no mesmo período do ano passado, quando foram comercializadas 333,708 mil toneladas para o mercado internacional.

O ministro de Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou o trabalho conjunto do Mapa, do Itamaraty, da ApexBrasil e da Unem para a consolidação do país enquanto fornecedor deste importante insumo para produção de proteínas. De acordo com o ministro, com a abertura da Colômbia, o Brasil soma 183 mercados abertos nos últimos 20 meses para diferentes produtos brasileiros.

“Os grãos secos, produzidos pelas indústrias de etanol de milho, são utilizados na produção de proteína para nutrição animal e impulsionam um mercado que investe em sustentabilidade e cresce a todo vapor no Brasil”, afirma ressalta Fávaro.

Apesar da alta, o volume ainda é pequeno se comparado ao total produzido. Para 2024, a estimativa é que o Brasil produza 3,65 milhões de toneladas de DDG/DDGS e o mercado doméstico ainda é o principal destino, com 70% do consumo. Porém, a exportação é uma estratégia tanto para dar vazão ao excedente produzido, como para estabelecer o produto nacional no mercado internacional agregando valor ao DDG/DDGS.

Destinos

Atualmente o Brasil exporta DDG/DDGS para 36 países e o Vietnã é o principal comprador do produto nacional. Este ano, o país asiático comprou cerca de 30% do total que foi exportado. A Turquia foi o segundo maior parceiro, com a aquisição de 108,743 mil toneladas, o equivalente a 22% das vendas e a Nova Zelândia representou 16%, com a compra de 73,518 mil toneladas entre janeiro e julho, ficando em terceiro lugar.

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