10.12.25
UNEM participa do lançamento dos novos módulos de Agricultura de Segunda Safra e Pastagem do MapBiomas
Dados do projeto revelam que o crescimento do milho safrinha decorre de tecnologia e uso eficiente da terra — base para a indústria do etanol de milho

A União Nacional do Etanol de Milho (UNEM) participou ontem (10), em Brasília, como apoiador no lançamento dos novos módulos de Agricultura e Pastagem do MapBiomas — uma das principais plataformas de monitoramento territorial do país. O evento apresentou, pela primeira vez, o mapeamento nacional do milho de segunda safra, dado essencial para compreender a dinâmica produtiva que sustenta o avanço do etanol de milho no Brasil.
A abertura contou com a presença de Tasso Azevedo, coordenador geral do MapBiomas, e Thiago Skaf, diretor de Relações Governamentais e Sustentabilidade da UNEM, abordando a importância da integração entre ciência, setor produtivo e políticas públicas. “Esse trabalho apresenta um avanço fundamental para o setor, pois traz transparência, credibilidade, e dados empíricos que reforçam a sustentabilidade da nova cadeia produtiva. Para UNEM, esse mapeamento é mais do que uma ferramenta tecnológica, é um instrumento de confiança”, destacou Thiago.
MapBiomas e UNEM
O MapBiomas se insere como uma ferramenta central de monitoramento territorial, que permite ao setor de etanol de milho comprovar, com dados independentes, a evolução da agricultura brasileira pela intensificação, e não pela expansão de fronteiras.
Ao mapear com alta resolução o milho de segunda safra e ao disponibilizar séries históricas sobre solo, carbono, uso da terra e pastagens, o MapBiomas oferece evidências essenciais para certificações como o RenovaBio, estudos de sustentabilidade, análises de produtividade e monitoramento de riscos climáticos e territoriais. Para a UNEM, esses dados fortalecem a narrativa técnica de que o crescimento do etanol de milho está baseado em tecnologia, manejo eficiente, rotação e sucessão de culturas, ampliando a produção sem abertura de novas áreas.
Na apresentação do módulo de Agricultura, os pesquisadores Kenia Mourão e Paulo Teixeira detalharam como a nova camada de dados permite visualizar — com precisão e profundidade — a expansão, intensidade e distribuição do milho de segunda safra no território brasileiro. Hoje, o milho é a principal cultura plantada após a soja, ocupando cerca de 14,7 milhões de hectares e sustentando cadeias estratégicas como ração, produção de proteína animal e o etanol de milho.
A UNEM foi representada no debate pela Diretora de Relações Internacionais e Comunicação, Andréa Veríssimo, ao lado de especialistas da Embrapa e Agroícone. Andréa destacou que o uso intensivo de sistemas produtivos tropicais, por meio das múltiplas safras, é um dos pilares da competitividade do etanol de milho, permitindo ampliar a oferta de grãos sem necessidade de abrir novas áreas. Ela também ressaltou que o MapBiomas Solo possibilita compreender como o manejo agrícola impacta o carbono no solo, tema central para a descarbonização e para os requisitos de certificações ambientais do setor. Ponderou também que o mapeamento de culturas traz à agricultura tropical a oportunidade para avaliar o ciclo de vida das culturas intermediárias integradas à agroindústria nacional, com destaque para o etanol de milho. Concluiu afirmando que, por meio desta ferramenta, o Brasil mostra sua transparência e responsabilidade, ao contribuir para os pilares de segurança alimentar e energética mundiais.
A segunda parte do evento discutiu os novos dados sobre pastagens no Brasil, fundamentais para avaliar produtividade, manejos mais sustentáveis e potenciais de integração — muitos deles complementares à oferta de grãos que abastecem a cadeia do etanol de milho.
Assessoria de Comunicação – Unem
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