04.11.25

Etanol de milho no podcast Conexão SCA Brasil: Guilherme Nolasco defende crescimento com responsabilidade

Setor projeta dobrar produção até 2032, mas alerta para necessidade de novos mercados

 
Durante sua participação no podcast Conexão SCA Brasil, com o tema “Onde destinar o etanol nos próximos anos?”, Guilherme Nolasco, presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), trouxe uma análise profunda sobre o avanço da produção de etanol de milho no Brasil e os desafios que acompanham esse crescimento acelerado.

Nolasco relembrou que, em 2019, quando ingressou no setor, a produção de etanol de milho era inferior a 1 bilhão de litros. Naquele momento, a projeção era atingir 8 bilhões de litros até 2030. Surpreendentemente, essa marca foi alcançada já na safra 2024/25, evidenciando a velocidade com que o setor se desenvolveu. “A previsão foge um pouco do nosso controle”, comentou, reforçando que o setor tem potencial para dobrar a produção até 2032, chegando a 20 bilhões de litros.

Apesar do otimismo, Nolasco fez um alerta importante: “Não adianta querer crescer se não tivermos mercado para esse volume todo”. Para ele, o foco atual deve estar na criação de novos mercados e aplicações para o etanol, garantindo que o crescimento seja sustentável e não comprometa o legado de 50 anos do Proálcool — programa que consolidou o uso do etanol como alternativa à gasolina no Brasil.

Outro ponto destacado foi a capilaridade do milho como matéria-prima. Ao contrário da cana-de-açúcar, que depende de condições climáticas e geográficas específicas, o milho permite a instalação de usinas em diversas regiões do país. “Estamos vendo projetos surgindo no Norte, Nordeste e Sul. Isso amplia o acesso ao etanol e fortalece o mercado nacional”, afirmou Nolasco.

O executivo também ressaltou a importância de alinhar produção e demanda. “Precisamos estimular mercados para que possam absorver essa oferta crescente, sem repetir os ciclos de expansão e retração que marcaram a história do setor”, disse. Ele defende que o crescimento deve ser acompanhado de responsabilidade, planejamento e visão estratégica.

A posição da UNEM corrobora para destacar o etanol de milho como vetor de desenvolvimento regional, geração de empregos e sustentabilidade energética. Com planejamento adequado, o Brasil pode consolidar ainda mais sua posição como referência mundial na produção de biocombustíveis, contribuindo para a descarbonização da matriz energética e o fortalecimento da economia verde.

 

 

Assessoria de Comunicação – Unem
ascom@etanoldemilho.com.br