A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) participou, nesta terça-feira (08), da cerimônia de assinatura da Lei dos Combustíveis do Futuro (PL 528/2020), sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento ocorreu durante a feira Liderança Verde Brasil Expo, em Brasília, e representa um avanço significativo na política de descarbonização do Brasil, colocando o país na vanguarda global em termos de transição energética.

A nova legislação visa promover a utilização de biocombustíveis, como o etanol, e aumentar a adição de biodiesel ao diesel, além de fomentar a produção e o consumo do Combustível Sustentável de Aviação (SAF). Outro ponto central é a regulamentação da Captura e Armazenamento de Carbono (CCS), considerada crucial para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Desde o início da construção do projeto de lei, a Unem atuou de forma ativa, garantindo que a transição energética brasileira fosse formulada em acordo com as particularidades e vocações regionais do país, promovendo o desenvolvimento socioeconômico, a economia circular e a integração entre agricultura, pecuária, indústrias e cidades.

Entre as inovações trazidas pela lei, estão o fomento à produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e Diesel Verde, a ampliação do uso de biocombustíveis e a regulamentação da Captura e Armazenamento de Carbono (CCS). O presidente executivo da Unem, Guilherme Nolasco, destacou os avanços que a lei vai proporcionar. 

“Hoje, o Brasil assume uma posição de liderança mundial, promovendo a integração de suas cadeias produtivas e a geração de energia a partir da agricultura, sem competir com a produção de alimentos. Essa lei é um reflexo da escuta atenta do Governo Federal e do Congresso Nacional a todos os setores envolvidos, resultando em uma legislação viável e legítima, com foco na redução de emissões e no desenvolvimento socioeconômico”, afirmou Nolasco, que destacou em particular a atuação da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

O evento destacou os impactos socioeconômicos e as inovações tecnológicas associadas à mobilidade sustentável de baixo carbono, além de políticas públicas que impulsionam o desenvolvimento de combustíveis limpos. A lei coloca o Brasil como referência internacional, integrando lideranças dos setores de biocombustíveis, petróleo, gás natural, energia elétrica renovável e transporte.

Nova política para a transição energética – Na semana passada, a Unem participou do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 Brasil, que teve como foco as perspectivas inovadoras sobre combustíveis sustentáveis. Ao final do evento, foi aprovado um documento com compromissos focados na segurança energética e na aceleração das transições energéticas limpas, sustentáveis, justas, acessíveis e inclusivas.

O G20 é composto pelas 20 maiores economias mundiais, além de países da União Europeia e União Africana. Desempenha um papel importante na definição e no reforço da arquitetura e da governança mundiais em todas as grandes questões econômicas internacionais.