24.06.2025
Ação da Unem e ApexBrasil promove DDG/DDGS como solução sustentável para alimentação animal e transição energética
Entre os dias 7 e 11 de julho de 2025, a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) promove a segunda edição do Projeto Imagem. A ação integra o convênio setorial com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) — Brazilian Distillers Grains —, firmado para promover o etanol de milho brasileiro e seus coprodutos, especialmente os farelos de milho DDG/DDGS, em mercados internacionais prioritários.
Neste ano, participam jornalistas e representantes de instituições de seis países: China, Chile, Colômbia, Japão, Reino Unido e Turquia. O grupo percorrerá os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, dois dos principais polos de produção agroindustrial do país. A programação inclui visitas a três biorrefinarias de etanol de milho, três fazendas produtoras de grãos, proteína animal e fibras, além de uma fábrica de ração. O roteiro se encerrará com uma imersão no ecossistema de Bonito (MS), reconhecido mundialmente por sua rica biodiversidade e paisagens naturais.
Além de apresentar a estrutura produtiva e a sustentabilidade da cadeia do etanol de milho, o projeto busca abordar temas de interesse público relacionados ao setor, como a suposta concorrência com a produção de alimentos, o uso de áreas de conservação e o impacto ambiental das operações.
Entre os objetivos estão:
• fortalecer a imagem internacional do DDG/DDGS como alternativa segura e sustentável para a nutrição animal;
• posicionar o etanol de milho brasileiro como vetor de desenvolvimento sustentável e de transição energética;
• promover a sinergia entre produção de alimentos, energia renovável e respeito ambiental.
O roteiro técnico contará com a participação de empresas associadas da Unem: São Martinho (Quirinópolis/GO), Neomille (Maracaju/MS) e Inpasa (Dourados/MS), que abrirão suas portas para demonstrar a excelência tecnológica e os avanços em sustentabilidade na produção de etanol de milho e seus coprodutos.
Curiosidade
No trajeto entre Maracaju e Dourados, que integra o roteiro oficial, existe uma realidade singular no Centro-Oeste: a comunidade indígena Terra Indígena Dourados, localizada entre os municípios de Dourados e Itaporã, no Mato Grosso do Sul.
A comunidade abriga cerca de 15.000 pessoas dos povos Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena, que vivem em uma área contínua ao longo da Rodovia MS-156, entre as duas cidades. Um exemplo de convivência respeitosa entre identidade cultural e crescimento regional.
Compromisso
A edição de 2025 reafirma o compromisso da Unem com a expansão internacional do setor e com a disseminação de informações qualificadas sobre o papel estratégico do etanol de milho e seus coprodutos na segurança alimentar, no fortalecimento da bioenergia e na construção de uma economia de baixo carbono.
Biorrefinarias de etanol de milho no Brasil
24 em operação
16 com autorização de construção
16 projetadas para construir
Brazilian Distillers Grains: qualidade e sustentabilidade
O Projeto Imagem é uma ação estratégica de branding do produto Brazilian Distillers Grains, resultado de um trabalho de escuta com stakeholders e estruturado a partir dos pilares de segurança alimentar e energética. O DDG/DDGS brasileiro é reconhecido por seu alto valor nutricional, competitividade de custo, sustentabilidade e aplicabilidade na dieta de várias espécies animais.
Dúvidas mais frequentes sobre DDG/DDGS
1. Quais são os benefícios dos Brazilian Distillers Grains na cadeia de produção de etanol de milho?
Os Brazilian Distillers Grains (DDG/DDGS) são coprodutos valiosos da produção de etanol de milho. Ricos em proteínas e fibras, são amplamente utilizados na alimentação animal, substituindo parte dos grãos convencionais. Essa utilização contribui para a sustentabilidade da cadeia produtiva, promovendo a intensificação da produção de proteínas, a redução do tempo de engorda dos animais e a diminuição da área necessária para a produção de ração.
2. Por que a produção de etanol de milho não representa uma ameaça à segurança alimentar mundial?
A produção global de milho ultrapassa 1 bilhão de toneladas anuais, com o Brasil ocupando a terceira posição entre os maiores produtores. Diferentemente de outros países, o Brasil realiza duas safras por ano, otimizando a produção e promovendo a rotação de culturas. O milho da segunda safra é cultivado em apenas 60% da área destinada à soja, indicando um potencial significativo de expansão sem a necessidade de abertura de novas áreas ou utilização de grãos da primeira safra. Além disso, a produção de etanol de milho gera coprodutos como o DDG/DDGS, utilizados na nutrição de aves, suínos, peixes e bovinos, e o óleo de milho, empregado como suplemento alimentar para animais.
3. A expansão do etanol de milho compromete a disponibilidade do cereal para alimentação humana?
Não. Aproximadamente 20% do milho produzido no Brasil é destinado à produção de etanol, sendo que essa expansão ocorre principalmente sobre excedentes exportáveis, agregando valor ao grão in natura. Importante destacar que cerca de 40% do milho processado retorna à cadeia alimentar na forma de DDG/DDGS para nutrição animal e óleo de milho, mantendo o equilíbrio entre a produção de energia e a oferta de alimentos.
4. Como a indústria de etanol de milho contribui para a intensificação da pecuária?
O DDG/DDGS, coproduto do etanol de milho, possui alto valor proteico e energético, sendo amplamente utilizado na alimentação animal. Sua inclusão na dieta de bovinos, por exemplo, tem contribuído para a redução da idade de abate e o aumento da produtividade. Em Mato Grosso, observou-se uma diminuição significativa na idade média dos bovinos abatidos: em 2017, 37% dos animais tinham mais de 36 meses, enquanto em 2022 esse percentual caiu para 28%. Simultaneamente, a participação de animais com menos de 24 meses aumentou de 15% para 26% do total abatido .
5. A expansão do etanol de milho implica na ocupação de áreas de proteção ambiental ou florestas, como a Amazônia?
O Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, o Código Florestal, que estabelece limites claros para o uso da terra. O milho utilizado na produção de etanol provém de áreas licenciadas e cultivadas em conformidade com as normas ambientais. A expansão do setor prioriza áreas já consolidadas e de baixo rendimento, como aquelas utilizadas na rotação de culturas com a soja e pastagens degradadas, que podem ser recuperadas para o cultivo de grãos, evitando a necessidade de desmatamento ou ocupação de áreas de proteção ambiental .
6. Quais são os impactos ambientais associados à produção de etanol de milho?
A produção de etanol de milho apresenta impactos ambientais positivos, destacando-se a redução significativa na emissão de gases de efeito estufa. O etanol reduz em até 70% as emissões de CO₂ em comparação com a gasolina. Além disso, o setor utiliza biomassa proveniente de florestas plantadas, como o eucalipto, para geração de energia, substituindo fontes fósseis. O aproveitamento integral do milho, incluindo a produção de DDG/DDGS e óleo de milho, contribui para a eficiência e sustentabilidade da cadeia produtiva.
7. Qual é o compromisso social das indústrias de etanol de milho?
As indústrias de etanol de milho priorizam a geração de empregos e a qualificação da mão de obra local, promovendo o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde estão inseridas. Em 2020, o setor do etanol registrou 123,03 mil postos de trabalho, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Além disso, a previsibilidade proporcionada pela demanda das usinas permite aos produtores rurais maior segurança para investir em tecnologia e expandir suas atividades, contribuindo para a estabilidade do mercado e a melhoria da renda no campo.
Parceria com ApexBrasil: sobre o projeto DDG/DDGS
Em 2023, a Unem e a ApexBrasil assinaram um convênio para promoção do DDG/DDGS no mercado internacional, com foco na crescente produção no país e na demanda de outros países por produtos de nutrição animal que tenham origem sustentável, como são os farelos brasileiros. O convênio tem duração de dois anos e inclui ações como missões prospectivas e comerciais, branding e criação de marca para o produto, feiras setoriais e projetos imagem.
Sobre a Unem
A União Nacional do Etanol de Milho é uma associação privada, sem fins lucrativos ou econômicos, com atuação em todo o território nacional. Desde a sua fundação em setembro de 2017, trabalha para o desenvolvimento e promoção do setor agroindustrial do etanol de milho e outros cereais e seus coprodutos, para a união da cadeia produtiva e defesa de seus interesses globais.
Sobre a ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.
Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.
Assessoria de Comunicação – Unem
ascom@etanoldemilho.com.br