25.06.2025

Unem reconhece avanços com E30 e destaca papel do governo e do setor na transição energética

Nova mistura de etanol à gasolina (de 27% para 30%) foi oficializada em evento promovido pelo Ministério de Minas e Energia. A Unem colaborou com a iniciativa, participou do grupo de articulação técnica e celebrou a medida

Biocombustível do Futuro: evento do MME para divulgar nova mistura de etanol à gasolina brasileira. Foto: SECOM

A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) comemorou a oficialização do E30 como a nova mistura obrigatória de etanol à gasolina no Brasil. A medida, aprovada durante a 2ª reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), entrará em vigor a partir de 1º de agosto e marca um avanço significativo na trajetória da transição energética nacional. Com isso, o país passa a ter a maior proporção de biocombustível adicionada à matriz fóssil servindo de referência ao resto do mundo.

O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (25), durante evento promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), no Observatório Nacional da Transição Energética, em Brasília (DF). A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Alexandre Silveira e Paulo Teixeira, entre outros; além de demais autoridades do Executivo, Legislativo e entidades de classe representativas do setor de biocombustíveis.

A política é fundamentada no projeto “Combustível do Futuro”, cujo relator foi o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), reconhecido por sua atuação em pautas ligadas à transição energética e à bioeconomia. Na ocasião, também foi oficializada a elevação da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, que passou de 14% para 15% (B15).

Seguindo a programação, o MME apresentou os resultados dos estudos técnicos conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia, que avaliaram a viabilidade da nova mistura. Os testes confirmaram que a adição de 30% de etanol anidro à gasolina é segura para veículos leves e motocicletas, sem prejuízo ao desempenho ou às emissões.

A Unem participou ativamente do processo de avaliação técnica, ao lado de outras entidades do setor de biocombustíveis e representantes da indústria automotiva. “A viabilidade técnica do E30 foi comprovada com base científica sólida. Trata-se de uma medida madura, que fortalece a produção nacional, reduz a dependência de combustíveis fósseis importados e amplia o uso de energias limpas, beneficiando diretamente a economia e o consumidor brasileiro”, destacou Guilherme Nolasco, presidente executivo da Unem.

De acordo com Nolasco, o setor de etanol de milho já assegura uma oferta regular superior a 800 milhões de litros por mês, garantindo o abastecimento mesmo durante a entressafra da cana-de-açúcar. Para o ciclo 2025/26, a expectativa é de crescimento superior a 20%, com produção anual estimada em 10 bilhões de litros. Em menos de uma década, o setor pode ultrapassar a marca de 20 bilhões de litros por ano.

A Unem também ressalta os benefícios diretos ao consumidor final, como o aumento da octanagem da gasolina, a melhora no desempenho dos motores e a redução da poluição urbana. “É uma política com retorno direto para a população e grande impacto positivo na balança comercial brasileira, ao reduzir a necessidade de importação de gasolina”, completou Nolasco.

Empresas associadas à Unem marcaram presença na cerimônia, reforçando o apoio institucional e empresarial à nova política. O diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da entidade, Bruno Alves, completou a comitiva.

Reconhecimento

A Unem parabeniza o ministro Alexandre Silveira e sua equipe pela condução transparente e técnica do processo, e pelo compromisso com políticas públicas alinhadas à descarbonização da matriz energética brasileira. Também reconhece a atuação do Congresso Nacional, representado pelo deputado Arnaldo Jardim, relator do projeto “Combustível do Futuro”.

Por fim, destaca a importância da articulação entre governo, setor produtivo, indústria automotiva e meio acadêmico, cujo trabalho conjunto foi fundamental para o avanço da proposta. A entidade segue comprometida com o desenvolvimento de soluções sustentáveis e com o protagonismo do Brasil na transição energética global.

Assessoria de Comunicação – Unem
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