Releases – UNEM https://etanoldemilho.com.br União Nacional do Etanol de Milho Mon, 22 Apr 2024 20:34:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5 Exportações de DDG/DDGS batem recorde no primeiro trimestre de 2024 https://etanoldemilho.com.br/2024/04/22/exportacoes-de-ddg-ddgs-batem-recorde-no-primeiro-trimestre-de-2024/ Mon, 22 Apr 2024 20:34:25 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=2267 As exportações de farelos de milho, os chamados DDG/DDGS, cresceram 24,5% no primeiro trimestre de 2024 e movimentaram US$ 48.233.019 referentes ao embarque de 185 mil toneladas ao exterior. Ano passado, de janeiro a março, o Brasil exportou 118 mil toneladas e movimentou US$ 38.740.842. Os DDG/DDGS são originados no processo de produção do etanol de milho e utilizados para nutrição animal nas cadeias bovinas, suínas, de aves e peixes, além de compor ração para pets. O levantamento é da União Nacional de Etanol de Milho (Unem) com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Por ser considerado um item novo no cesto de exportações brasileiras, os farelos de milho vêm ganhando mercados desde 2020. Em 2022, o país exportou o equivalente a US$ 91,151 milhões. Em 2023, este valor saltou para US$ 180,518 milhões. Este ano, os primeiros três meses já representam 26% do total movimentado ao longo de todo o ano passado.

O presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, explica que os grãos de destilarias, DDG/DDGS, têm um grande potencial de mercado com base no seu valor nutricional e, consequentemente, contribuem para a intensificação da produção de proteínas. “O mundo todo busca soluções para garantir a segurança alimentar com responsabilidade socioambiental. Os farelos de milho são uma alternativa que possibilita ampliar a produção de alimentos com a utilização de menos recursos naturais e com grandes contribuições para a transição energética, uma vez que o etanol de milho e os farelos de milho são produzidos concomitantemente”.

Desde o ano passado, a Unem e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) firmaram um projeto para promoção dos farelos de milho no mercado internacional, por meio do mapeamento de mercados prioritários, participação em eventos, aproximação com formadores de opinião e compradores, além da estruturação da marca setorial e comunicação do Brazilian Distillers Grains (Grãos de Destilaria Brasileiros).

Segundo Andréa Veríssimo, Gerente de Relações Internacionais da Unem, “O projeto de promoção internacional com a ApexBrasil chega no momento certo para estimular as exportações do produto nacional, auxilia na abertura de novos mercados e na estruturação da forma de comunicação do produto brasileiro, que tem como alicerces a segurança energética e segurança alimentar.”

Histórico – As primeiras exportações de DDG/DDGS foram registradas em 2020, com um volume ainda pequeno de 89 mil toneladas e receita de US$ 17milhões. Com a pandemia, em 2021 não houve comercialização significativa e, a partir de 2022, as indústrias de DDG/DDGS começam a focar neste potencial mercado.
Em 2022, o Brasil exportou 275 mil toneladas e movimentou US$ 91,1 milhões. Um ano depois, o volume exportado mais que dobrou e atingiu 608,9 mil toneladas e US$ 180,5 milhões.

Os principais compradores em 2023 foram Vietnã, Nova Zelândia e Espanha, sendo o país asiático responsável por 41% do mercado nacional. Outros países são considerados estratégicos dentro do Projeto Unem-ApexBrasil, como China, Japão, Turquia, Reino Unido e Indonésia.

Em novembro do ano passado, o Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério de Relações Exteriores (MRE) anunciaram a consolidação do Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia como mercados consumidores de farelos de milho e cereais.

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Industrialização do milho pode ampliar em até três vezes o valor agregado do grão https://etanoldemilho.com.br/2024/04/08/industrializacao-do-milho-pode-ampliar-em-ate-tres-vezes-o-valor-agregado-do-grao/ Mon, 08 Apr 2024 20:57:54 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=2251 Além de ganhos em sustentabilidade, a industrialização do milho para produção de etanol, por exemplo, pode triplicar o valor agregado do grão. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (21) durante a primeira Conferência Internacional sobre Etanol de Milho, organizada pela União Nacional do Etanol de Milho e pela DATAGRO, em Cuiabá (MT).

“O uso deste milho para produção de combustível sustentável leva a uma valorização do grão, de duas a três vezes, quando industrializado, porque agrega valor ao dar origem a outros subprodutos. Isso estimula a produção de mais milho, e cria um círculo virtuoso, beneficiando a indústria, o comércio e com impacto positivo para o meio ambiente”, comenta Plinio Nastari, presidente da DATAGRO. O evento discutiu oportunidades para o setor, com participação da agroindústria do etanol de milho, produtores de cereais e de políticos do Estado e do Congresso Nacional. Ao todo, a conferência reuniu mais de 500 convidados.

O deputado federal Arnaldo Jardim, relator do projeto Combustível do Futuro, aprovado na Câmara dos Deputados e que agora tramita no Senado, integrou um dos painéis. Também participaram outras autoridades, como Pedro Lupion, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, e de representantes da Apex Brasil, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Embrapa, Ministério das Relações Exteriores, Agência Nacional do Petróleo (ANP), Unicamp, dentre outras.

O Brasil é hoje o segundo maior produtor de etanol de milho do mundo. Desde o início da operação da primeira indústria full deste biocombustível, em 2017, a produção passou de 500 mil litros para 6,27 bilhões de litros na safra 2023/2024, que se encerra este mês. Todo esse potencial vai ao encontro das novas demandas mundiais por combustíveis renováveis e menos poluentes. De acordo com o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, a cadeia do etanol de milho e cereais está inserida em um círculo virtuoso de investimentos que integra cadeias de grãos, pecuária, floresta e biocombustíveis.

“O Brasil tem hoje uma grande responsabilidade para fornecimento de alimentos e de biocombustíveis, produzidos de forma sustentável e complementar. A cadeia do etanol de milho é um exemplo deste potencial de integração de cadeia produtiva e que ainda tem enorme potencial de crescimento sobre os excedentes exportáveis. Por meio da industrialização do grão produzido em segunda safra, é possível dobrar a produção de etanol nos próximos dez anos e, ao mesmo tempo, contribuir para intensificação da pecuária e ampliação da oferta de alimentos”.

Mato Grosso, que sediou o evento, lidera a produção de etanol de milho entre os Estados brasileiros, com 11 plantas em funcionamento, sendo seis exclusivas de etanol de milho e cereais. “São estes investimentos que vão alavancar a produção de matérias-primas sustentáveis para a produção de bioenergia, que inclui o biodiesel, o etanol, o biometano, e Mato Grosso é um exemplo nesta direção, com integração com soja, com milho de segunda safra, a conversão deste milho em etanol, DDG (grão de destilaria secos – do inglês Dried Distillers Grains), óleo de milho, a transformação da soja em farelo, que vira biodiesel”.

Aviação e Navegação – Em um dos painéis, que abordou os mercados potenciais futuros, o evento discutiu o uso de biocombustíveis na aviação, o chamado Combustível Sustentável para Aviação (SAF, do inglês Sustainable Aviation Fuel), e para a navegação. A FS Fueling Sustainability, participante da Conferência, é a primeira indústria do setor a conseguir certificação para produzir o SAF no Brasil e o tema desperta interesse de todo o setor como alternativa de mercado.

“O combustível sustentável de aviação é um dos mercados promissores. Na DATAGRO, estimamos que a demanda por etanol nos próximos anos irá triplicar, o que impõe um senso de urgência muito grande para ampliar a produção de biocombustíveis. Isso está sendo feito sem gerar competição com a produção de alimentos, ao contrário, estimula a produção de mais grãos”, afirma Nastari.

Suplementação animal (DDG/DDGS) – Os produtos de nutrição animal resultantes da industrialização do milho nas plantas de produção de etanol, o DDG e o DDGS são extraídos a partir do processamento do grão. As fibras dão origem a diferentes produtos, que geram suplementos nutricionais para bovino, suíno e avicultura, dentre outras. “Os resultados que temos em Piracicaba/SP são consistentes em mostrar, de forma muito contundente, que estes coprodutos, seja fibras úmidas, as fibras secas e o DDGS, contam com valor energético mais alto do que milho e farelo de soja, milho e caroço de algodão, milho e farelo de algodão, todas estas combinações muito comuns nas dietas convencionais de confinamentos”, afirma Flávio Augusto Portela, engenheiro agrônomo da ESALQ/USP, que lidera estudos na área financiados pela iniciativa privada.

De acordo com o gerente de Produção e Desenvolvimento da Inpasa, neste ano, o setor deve produzir cerca de três milhões de toneladas de DDG. Indústrias do setor estimam que a produção salte para sete milhões na safra 2029/30. “A produção deverá mais que dobrar e o Brasil começa a se posicionar no mercado internacional para destinar parte dessa produção e agregar valor ao produto”, explica ao falar sobre as exportações de DDG/DDGS.

Líder de pesquisa da DATAGRO Pecuária, João Otávio Figueiredo diz que a cadeia integrada garante maior segurança no fornecimento da suplementação. “O pecuarista vai intensificar sua produção à medida que este custo feche. O grande desafio que se tinha na intensificação do boi no Brasil era uma entrega de suplemento, de matéria-prima, com suplementos interessantes, e hoje, com a cadeia integrada com etanol de milho, você consegue ter uma garantia de suplemento, porque a usina vai moer”, destaca.

A primeira Conferência Internacional sobre Etanol de Milho contou com o patrocínio de ALD Bioenergia, Dan Power, FS Fueling Sustainability, HPB, ICM, IFF, Inpasa, Lallemand, Neomille, Novonesis, Agrion Fertilizantes, Air & Parts, Benri, Deag, Gemma, OCC, Puro, Startagro, Aprosoja, Caldema e Weg.

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Unem e ApexBrasil estabelecem convênio para exportação de farelo de milho https://etanoldemilho.com.br/2023/07/11/unem-e-apexbrasil-estabelecem-convenio-para-exportacao-de-farelo-de-milho/ Tue, 11 Jul 2023 15:08:25 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=2095 Nesta segunda-feira, dia 10 de julho, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) realizaram o evento de lançamento do Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS 2023-2025. O Ministro da Agricultura e Pecuária, Sr. Carlos Fávaro, o Presidente ApexBrasil, Sr. Jorge Viana e o presidente-executivo da Unem, Sr. Guilherme Nolasco, participaram da solenidade.

Este é o início de uma parceria de dois anos entre a ApexBrasil e a Unem para promover no mercado internacional o farelo de milho (DDG/DDGS), produto de nutrição animal resultado da produção de etanol de milho cultivado na segunda safra. O Projeto faz parte da estratégia do Brasil de promover o etanol como alternativa energética, de agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta de farelo de milho para produção de proteína animal.

De acordo com o presidente da Agência, Jorge Viana, o objetivo da parceria é apresentar o farelo de milho brasileiro como uma opção eficiente na alimentação animal global, fortalecendo a cadeia produtiva do etanol. “O Brasil vive um momento extraordinário com o retorno da diplomacia presidencial trazida pelo presidente Lula. A ApexBrasil tem buscado valorizar os produtos brasileiros, apostando na inovação. O DDG/DDGS é essencial para a conversão de milho em proteína animal. A parceria com a Unem faz parte desse movimento de aproximação da Agência com os setores relevantes para a transição energética global, sempre buscando modelos sustentáveis”, destaca. 

Para Guilherme Nolasco, presidente-executivo da Unem, a iniciativa consolida o reconhecimento da importância do setor por parte do governo federal e da Unem enquanto legítimo representante da indústria de bioenergia do milho. “Esta parceria é muito emblemática para um setor novo, que se organiza para uma agenda de promoção, fomento e comércio internacional que vai gerar valor a toda uma cadeia de negócios, desde a produção de grão, proteínas e floresta plantada até a geração de renda e arrecadação de impostos”, comemora.

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DDG/DDGS

A produção de milho está inserida dentro da economia circular, que consiste no alto aproveitamento do produto. Um dos produtos resultado da produção  do etanol de milho é o Farelo de Milho, tecnicamente chamado de DDG/DDGs, (distiller´s dried grains/grãos secos por destilação) ou DDGS – (distiller´s dried grains with solubles/grãos secos por destilação com solúveis) utilizado na nutrição animal. Além de fonte de proteína nobre e energia, o DDG/DDGS oferece maior teor de fibras e segurança contra contaminação de bactérias quando comparado a opções como a farinha de carne e ossos. A pecuária, avicultura e suinocultura beneficiam-se diretamente do insumo na ração.

No Brasil, a utilização deste farelo na indústria é relativamente recente, começou a partir de 2010. Os bons resultados, contudo, fizeram com que o produto fosse cada vez mais inserido na pecuária, adensando significativamente as cadeias produtivas. Atualmente, o país possui 20 indústrias usinas de etanol de milho em operação e outras 9 usinas com autorização para construção. Todas com potencial para produção de DDG/DDGS.

A crescente disponibilidade desse produto leva à redução de preço, tornando-o uma alternativa mais atrativa em relação a outras fontes proteicas. Para a atual safra, a estimativa de produção brasileira é de 3 mi/ton de DDG/DDGS, e as projeções indicam que até 2031/2032 a produção brasileira de DDG/DDGS chegará a aproximadamente 6,5 milhões de toneladas.

Esse excedente tem potencial de atender diversos mercados internacionais, haja vista a constante busca por ingredientes alternativos na alimentação animal, que representa hoje cerca de 80% dos custos de produção das carnes. De acordo com um relatório da MarketsandMarkets, a demanda global por DDG/DDGS deverá crescer a uma taxa composta anual de 3,2% entre 2020 e 2025, impulsionada pelo aumento do consumo de carne, sobretudo em países em desenvolvimento. 

A exportação do farelo de milho brasileiro representa, portanto, uma oportunidade para gerar mais receitas, desenvolvimento de tecnologia e atração de capital externo. A vinculação do farelo ao preço internacional do grão de milho, o que não acontece com o etanol, também favorece a manutenção da produção, caso haja queda no consumo global de combustíveis, como ocorreu na pandemia. O DDG/DDGS pode assumir cerca de 20% a 25% do faturamento da indústria de etanol, garantindo a sustentabilidade do negócio, sendo que a cadeia do etanol, farelo e óleo de milho, pode gerar um valor agregado de cerca de 60% maior do que o grão cru.

Este será o primeiro projeto a ser desenvolvido entre a ApexBrasil e a Unem, e os mercados-alvo foram selecionados com base na produção pecuária. São eles: China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã. 

Transição Energética

O Brasil está empenhado em promover a transição energética e contribuir para a sustentabilidade ambiental global. Além de líder mundial na produção de etanol de cana-de-açúcar, o Brasil também está explorando o potencial do etanol de milho, aproveitando suas vantagens e capacidade produtiva. Isso fortalece a posição do país como protagonista na busca por soluções sustentáveis e o coloca em destaque no cenário internacional. 

A ApexBrasil já apoia o setor de etanol por meio do projeto setorial em parceria com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), com diversas ações para promover o biocombustível na mobilidade sustentável no exterior, ressaltando que o etanol é chave para descarbonização do setor de transportes e, consequentemente, aumentar as exportações brasileiras.

Agora, com a parceria com a Unem para exportação do DDG/DDGS, a Agência atua também na cadeia do milho. A diversificação de matérias-primas é fundamental para buscar ganhos em resiliência e produtividade, considerando as condições de solo e clima mais aptas a cada cultura e o atendimento aos diferentes mercados. 

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas da China (2ª) e dos Estados Unidos (1º), mas apenas cerca de 10% dos grãos são destinados à produção de etanol, que é realizada com o milho de segunda safra.  Ou seja, é plantado na mesma área após a colheita da safra principal, dentro do mesmo ano agrícola, não demandando nenhuma terra adicional para ser plantado, reduzindo significativamente a emissão de gás carbônico. Pelas métricas do governo brasileiro, o etanol de milho tem uma das pegadas mais baixas dentre todas as usinas de etanol do Brasil (cerca de 17gCO2/MJ).

RenovaBio

RenovaBio é uma política pública criada pelo Governo Federal do Brasil em dezembro de 2016 com o objetivo de promover a produção e o uso de biocombustíveis no país, em especial o etanol e o biodiesel. O programa tem como base a valorização da redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção e uso de biocombustíveis, além de incentivar a modernização e a eficiência energética da indústria de biocombustíveis. O programa é considerado uma importante iniciativa para a redução das emissões de GEE no Brasil, além de promover o desenvolvimento de uma indústria de biocombustíveis mais eficiente e sustentável. 

Unem

Unem (União Nacional do Etanol de Milho) é uma associação privada, sem fins lucrativos ou econômicos, com atuação em todo o território nacional. Desde a sua fundação em setembro de 2017, trabalha para o desenvolvimento e promoção do setor agroindustrial do etanol de milho e outros cereais e seus coprodutos, para a união da cadeia produtiva e defesa de seus interesses globais. 

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Unem e Apex lançam Projeto de promoção das exportações do farelo de milho https://etanoldemilho.com.br/2023/07/04/exportacoes-do-farelo-de-milho/ Tue, 04 Jul 2023 15:02:54 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=2091 A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM) realizarão o evento de lançamento do Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS 2023-2025, no dia 10 de julho, às 10h. Na solenidade, que ocorrerá na cidade de Sorriso (MT), participarão o Ministro da Agricultura e Pecuária, Sr. Carlos Fávaro, o Presidente ApexBrasil, Sr. Jorge Viana e o presidente da UNEM, Sr. Guilherme Nolasco. Também estarão presentes parlamentares convidados, o prefeito de Sorriso, Sr. Ari Lafin e o presidente do Sindicado Rural de Sorriso, Sr Sadi José Beledellie .

Este é o início de uma parceria de dois anos entre a ApexBrasil e a UNEM para promover no mercado internacional o farelo de milho (DDG/DDGS), produto de nutrição animal resultado da produção de etanol de milho cultivado na segunda safra. O Projeto faz parte da estratégia do Brasil de promover o etanol como alternativa de transição energética, de agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta de farelo de milho para produção de proteína animal.

As projeções indicam que até 2031/2032 a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10.88 bilhões de litros, o que levará a uma oferta para o mercado de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS. O insumo é utilizado como fonte proteica e energética nas formulações de ração animal. Este será o primeiro projeto a ser desenvolvido entre a ApexBrasil e a UNEM, e os mercados-alvo selecionados são: China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã.

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Serviço
Evento de Lançamento do Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS
Presença do ministro da Agricultura (MAPA), Carlos Fávaro, do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e outras autoridades.
Dia: 10/07/2023
Horário: 10h
Local: no Sindicato Rural de Sorriso. Av. Luiz Amadeu Lodi, nº 1415 | Bairro Bom Jesus – Sorriso – Mato Grosso.

Mais informações
imprensa@apexbrasil.com.br
(61) 2027-0775

Assessoria de Imprensa
Lorena Quintas
(61) 99951-7175

Laís Costa Marques
(65) 9 9946-5644

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Unem projeta alta de 36% na produção de etanol de milho https://etanoldemilho.com.br/2023/03/07/unem-projeta-alta-de-etanol-de-milho/ Tue, 07 Mar 2023 21:58:14 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=2043 O Brasil vai produzir seis bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/2024, que se inicia em abril, um aumento de 36,7% em relação ao ciclo 2022/2023, que se encerra agora em março. Os dados da produção de biocombustíveis e produtos para nutrição animal serão ser apresentados pela diretoria da União Nacional do Etanol de Milho (Unem) e empresários do setor ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta terça-feira (07), em Brasília.

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Unem apresenta dados da safra 2023/2024 de produção de etanol de milho ao ministro Carlos Fávaro

O setor do etanol de milho terá capacidade instalada e espera produzir seis bilhões de litros de etanol anidro e hidratado na safra 2023/2024, um incremento de 1,5 bilhões litros na capacidade atual de produção e oferta.
De acordo com Guilherme Nolasco, presidente-executivo da Unem, ao analisar os últimos seis anos, é possível ver um crescimento exponencial do setor, que saiu de 520 milhões de litros de etanol de milho na safra 2017/2018 para seis bilhões de litros. “Mesmo com todas as adversidades enfrentadas por efeitos como pandemia, redução da atividade econômica, políticas tributárias e processo eleitoral, deveremos fechar a próxima safra com crescimento de 1.053% em relação a 2017. Hoje, em 31 dias de operação, temos capacidade de produzir o que se produziu todo o ano de 2017”, comemora o executivo da Unem.

O próximo ano safra de etanol deve iniciar com 20 indústrias autorizadas para produção localizadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, duas a mais do que no ciclo 22/23. O aumento da capacidade produtiva é resultante da incorporação de tecnologia nas unidades já em operação, ampliação de algumas indústrias e inauguração de novas unidades. Em 2022, a Inpasa, grupo com atuação no Paraguai e no Brasil, iniciou a operação da unidade de Dourados (MS) e dobrou a capacidade produtiva no mesmo ano. Neste primeiro semestre de 2023, a Inpasa deverá duplicar a capacidade da planta de Nova Mutum (MT) e estão construindo a refinaria na unidade sul-matogrossense. A indústria ALD BIO vai aumentar a produção em Nova Marilândia (MT).

Além disso, o grupo FS Bioenergia iniciará a operação de sua terceira unidade, localizada em Primavera do Leste (MT) no início da safra 23/24 e em fevereiro uma unidade flex passou a operar em Quirinópolis (GO). A Neomille, do Grupo Cerradinho Bio, deverá iniciar a produção de etanol de milho em Maracaju (MS) até meados da safra 23/24, completando o quadro com 21 indústrias autorizadas a produção, entre unidades flex (que produz a partir de cana-de-açúcar e de milho) e unidade de dedicação exclusiva a processar o etanol a base de cereal.

Maior Participação 

O etanol de milho passou de complementar para estratégico dentro da cadeia de biocombustíveis carburantes (utilizados em automóveis). A participação do derivado de cereal passará de 13,7% da atual temporada para 19% do total de etanol consumido no país. Na safra atual, o etanol de cana-de-açúcar deverá produzir 27 bilhões de litros.

“Com capacidade de armazenamento do milho, as indústrias produzem ao longo de todo o ano. Dos 365 dias, as unidades fazem uma parada técnica de 10 a 15 dias apenas. Com isso, cada unidade produz grandes volumes e há uma oferta linear de combustível no mercado, atenuando a sazonalidade de produção do etanol de cana-de-açúcar, garantindo o abastecimento e diminuindo as grandes oscilações de preços”, explica Guilherme Nolasco.

Desafios

Com o aumento de custos de produção, puxado principalmente pela valorização e incremento de preços do milho nos últimos anos, as indústrias investem para melhoria de processos produtivos e incorporação de tecnologia. Outro ponto importante para a viabilidade do setor foi o equilíbrio proveniente dos produtos de nutrição animal (DDG/ DDGS/ WDG). “Ter armazenagem e expertise para operar o mercado a termo e spot do milho, eficiência produtiva e economia de escala são as regras básicas para este negócio. É imperativo nos dias atuais produzir mais de 430 litros de etanol por tonelada de milho em um fluxo otimizado. Por isso a performance industrial é tão importante para garantir a expansão dos negócios”, afirma Nolasco.

Por trás das indústrias, existe toda uma cadeia de tecnologia para garantir melhor eficiência operacional. Setores de automação industrial e de enzimas e leveduras têm investido para expansão dos negócios no Brasil.
Recentemente, a ICM,Inc, anunciou a abertura do escritório no país. As tecnologias da ICM representam mais de 70% do mercado norte-americano e mais de 35% da produção mundial de etanol, incluindo todos os tipos de matérias-primas. Isso representa mais do que todo o etanol produzido na América do Sul. Até hoje, a empresa projetou e construiu mais de 108 plantas novas e otimizou mais de 35 outras plantas existentes.

“Acreditamos que o Brasil oferece uma grande oportunidade para a produção de biocombustíveis e farelo animal. E estamos aqui para ficar”, afirma Issam Stouky, diretor global de desenvolvimento de negócios da ICM.

Ano passado, a IFF, que atua com soluções para alimentos, bebidas, saúde, biociências e fragrâncias, anunciou a inauguração de um laboratório com recursos para o desenvolvimento de aplicações para biocombustíveis em seu centro de inovação no Brasil. Na instalação, localizada em Barueri (SP), a IFF busca apoiar projetos de inovação que aumentem o rendimento, acelerem a fermentação, reduzam o consumo de energia e de produtos químicos e contribuam para inovações operacionais na indústria de etanol.

A Novozymes para América Latina inaugurou em outubro de 2022 uma nova planta de leveduras no Brasil. A unidade, localizada no Paraná, tem capacidade para suprir a demanda do mercado de etanol de milho da América Latina e está conectada com as projeções de expansão do setor para os próximos anos, que vai atender à crescente demanda por biocombustíveis.

A Lallemand, indústria canadense de o desenvolvimento, produção e comercialização de leveduras, bactérias e ingredientes especiais também tem presença forte no país, com uma fábrica instalada no interior de São Paulo.

Valorização de ponta a ponta 

O setor de etanol de milho deverá agregar valor no processamento de 14 milhões de toneladas de milho para este próximo ano safra, o que representa 11% da produção nacional do cereal segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que é de 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/2023.

“A transformação de excedentes exportáveis de milho, estimados em 45 milhões de toneladas, em biocombustível, produtos para nutrição animal e cogeração de energia, ativa uma economia circular sem precedentes com importante responsabilidade e participação nas agendas globais de aumento da produção e oferta de alimentos, transição energética e descarbonização”, afirma Guilherme Nolasco.

Diferente do etanol de milho produzido nos Estados Unidos da América, o Brasil possui externalidades únicas da agricultura tropical que permitem produzir alimentos, biocombustíveis e fibras em sistema de rotação de culturas e plantio direto, viabilizando de duas a três safras em um mesmo ano, segregando insumos, compartilhando operações e otimizando a rota e o uso do solo. “O Brasil precisa incorporar a narrativa do ‘food and fuel’ , pois o etanol de milho de segunda safra trouxe renda e previsibilidade ao produtor rural , possibilitando o aumento na área plantada e a produtividade sem a necessidade de incorporar novas áreas de fronteiras para a exploração”, defende o presidente-executivo da Unem.

Para completar o ciclo, os farelos de milho possuem importante papel na intensificação da exploração pecuária, reduzindo a idade de abate, aumentando o peso e melhorando a qualidade das carcaças. Com isso, é possível disponibilizar áreas de pastagem de baixa produtividade ao cultivo de grãos em um círculo virtuoso de produção sustentável.

Outra cadeia beneficiada pelo setor de etanol de milho é o de florestas plantadas. O eucalipto é utilizado para a geração de vapor e energia para a produção de etanol e cogeração para o sistema nacional, diferente de outros países que se utilizam de matriz fóssil para a geração de energia para a produção de etanol.

“Por tudo isso, o Brasil tem a oportunidade e a vocação para a produção de alimentos, energia limpa e renovável, integrando setores primários com a agroindústria sem que haja concorrência e sobreposição de interesses. Nesse negócio cabe a agricultura familiar, o pequeno, médio e grande produtor sem distinção, de forma equilibrada e sustentável, completa o executivo.

Investimentos futuros – A Unem defende a construção e o fortalecimento de políticas públicas que fomentem o desenvolvimento e consolidação de programas como o Renovabio, uma experiência bem-sucedida no mercado de carbono, mas que ainda carece de estabilidade para garantir previsibilidade aos investidores.

“Temas como política monetária, Reforma Tributária e Renovabio são essenciais para a manutenção dos investimentos feitos e aqueles que estão por vir. Juros exorbitantes desestimulam os investimentos e a atividade econômica. Não podemos viver em insegurança jurídica, precisamos de previsibilidade e tratamento tributário diferenciado aos biocombustíveis conforme previsto na constituição, além da necessidade do fortalecimento do Renovabio”, defende Guilherme Nolasco.

Nos últimos seis anos foram investidos mais de R$ 15 bilhões no parque industrial de etanol de milho em usinas flex e full, além de outros imensuráveis investimentos agregados em armazenagem, tancagem, logística rodoferroviária, termelétricas para cogeração de energia e sistemas de produção e suprimento de biomassa, entre outros.

Números do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam um volume superior a 10 bilhões de litros de etanol para 2030, sendo necessário outros 15 bilhões de investimentos para alcançar este conservador desafio.

“Para a safra 2023/2024, além de todo ativo ambiental imensurável, o setor tem a possibilidade de transacionar 14 milhões de toneladas de milho, resultando em faturamento superior a R$25 bilhões em biocombustível, produtos para a nutrição animal e energia, agregando diretamente mais de 50% de valor ao milho in natura exportado, além dos impostos, empregos e riquezas indiretas as outras cadeias de produção e setores de comércio e serviços transformados pela chegada desta indústria”.

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Unem acredita que Governo Federal demonstra responsabilidade fiscal com a volta gradual da cobrança do PIS e da Cofins sobre a gasolina e o etanol https://etanoldemilho.com.br/2023/02/28/unem-acredita-que-governo-federal-demonstra-responsabilidade-fiscal-com-a-volta-gradual-da-cobranca-do-pis-e-da-cofins-sobre-a-gasolina-e-o-etanol/ Tue, 28 Feb 2023 21:41:39 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=1948 Conforme análise da Unem (União Nacional do Etanol de Milho), o Governo Federal demonstra responsabilidade fiscal e maturidade ao determinar a volta gradual da cobrança do PIS e da Cofins incidentes sobre a gasolina e o etanol, respeitando preceitos constitucionais no arcabouço do artigo 225 da Constituição Federal. Este artigo, alterado recentemente, determina a existência de diferencial competitivo da carga tributária dos biocombustíveis frente aos combustíveis fósseis.

A partir de 1º de março está previsto o fim da prorrogação da redução dos tributos federais incidentes sobre a gasolina e o etanol, conforme determinado pela Medida Provisória 1.157/2023, retornando automaticamente o PIS e a Cofins dos combustíveis. Assim, cessando os efeitos da Medida Provisória, será restabelecida a carga tributária e o diferencial competitivo anteriormente vigente.

De tal forma, para não ocorrer o restabelecimento integral e imediato, o Poder Executivo manifestou a proposta de, por meio de nova Medida Provisória, promover o retorno parcial dos tributos, respeitando a competitividade do etanol frente a gasolina e a paridade da carga tributária anteriormente estabelecida, promovendo o incentivo à cadeia dos biocombustíveis em sintonia com políticas de promoção à produção de energia limpa e substituição da matriz energética, conforme estabelece acordos e compromissos internacionais.

O presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, classificou a decisão do governo como essencial para o país retomar o crescimento de forma responsável e sustentável. “Ao restabelecer a cobrança dos impostos, o Governo Federal demonstra responsabilidade para reduzir o déficit orçamentário e, ao mesmo tempo, viabilizar os investimentos previstos para o setor de biocombustíveis. Uma decisão que estimula o mercado e ainda contribui para política de descarbonização, uma vez que fomenta uma matriz energética renovável e menos poluente”.

A necessidade da definição de uma política nacional de preços para os combustíveis e a insegurança jurídica ocasionada pelas constantes mudanças nas políticas tributárias nos últimos meses, aliada à alta taxa de juros (SELIC), dificultam e desestimulam novos investimentos no setor de etanol de milho.

Segundo Nolasco, “O Governo Federal tem a obrigação de restabelecer a segurança jurídica, com decisões técnicas, e não políticas, de responsabilidade fiscal e tributária, em um grande programa de atração de investimentos motivado pela baixa dos juros (SELIC), incentivando o aumento da atividade econômica”.

Nos últimos seis anos, o setor do etanol de milho foi responsável por investimentos da ordem de R$ 15 bilhões, com a construção de pelo menos oito unidades totalmente dedicadas à produção de etanol, farelos e óleo de milho, além de outras dez unidades que produzem etanol de cana-de-açúcar e de milho em modelos industriais flex.

Até 2030, outros R$ 15 bilhões poderão ser aplicados em novos projetos com viabilidade técnica e econômica, mas que ainda buscam financiamento a juros mais baixos, além de um momento de estabilidade e segurança jurídica para dobrar a produção do biocombustível de cereal no país.

“Quando um grupo decide investir num país, além de matéria-prima e mercado, é preciso que haja ambiente político, monetário, fiscal e jurídico favorável. A inflação no país está controlada, há previsão de uma política fiscal responsável, agora é preciso que a política monetária acompanhe isso. Juros excessivos afugentam os investidores, maltratam os consumidores e comprometem o desenvolvimento do país. Para gerar emprego e renda, é preciso estimular o mercado”, defende Nolasco.

O Brasil produziu 4,39 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2022/2023, volume que representa 13,7% do total de etanol produzido no país.

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Demanda por etanol cai após medidas para desoneração dos combustíveis https://etanoldemilho.com.br/2023/01/19/demanda-por-etanol-cai-apos-medidas-para-desoneracao-dos-combustiveis/ Thu, 19 Jan 2023 19:05:29 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=1917 A perda de competitividade do etanol frente à gasolina, consequência da desoneração dos combustíveis no Brasil e mudanças nas políticas tributárias, fez com que as indústrias de etanol de milho migrassem a produção de hidratado, vendido diretamente ao consumidor final, para o etanol anidro, que é adicionado à gasolina. Estimativa da Unem (União Nacional do Etanol de Milho) aponta uma redução de 8,6% no total de hidratado na safra 2022/2023 e aumento de 17,1% na produção do anidro.

Levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) no início da safra 2022/2023 apontava para uma produção de 1,47 bilhão de litros de etanol anidro e de 2,92 bilhões de litros de etanol de milho hidratado. Em dezembro passado, estes dados foram revisados para 1,72 bilhão de litros de anidro e 2,67 bilhões de litros de hidratado.

A migração está diretamente ligada ao comportamento do mercado no país. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o consumo de etanol hidratado no país ao longo de 2022 caiu, até novembro, 8,5%, passando de 15,520 bilhões de litros (janeiro a novembro) em 2021 para 14,198 bilhões de litros.

Em compensação, o consumo da gasolina aumentou 9,5% entre 2022 e 2021, no acumulado de janeiro a novembro. Ao todo, 38,601 bilhões de litros foram consumidos até novembro do ano passado, ante 35,249 no mesmo período de 2021.

O presidente-executivo da Unem, Guilherme Linares Nolasco, explica que esta ferramenta de alternância na produção de etanol é uma ferramenta das indústrias para evitar prejuízos e atender ao mercado. “Com a perda de competitividade do etanol em grande parte do país e aumento da demanda por anidro para ser adicionado à gasolina, as indústrias têm flexibilidade para ajustar a produção e manter o abastecimento”.

Ainda segundo Nolasco, este aumento de consumo de gasolina frente ao etanol tem vários impactos negativos, pois força a demanda por etanol anidro e diminui a oferta de hidratado no mercado em meio a entressafra da cana-de-açúcar, estimula o aumento de importação de gasolina, tendo em vista a dependência externa do produto refinado e, com isso, inicia um círculo vicioso de diminuição da competitividade do biocombustível frente ao combustível fóssil e fuga de divisas.

“Outro ponto é com relação ao consumo de um combustível de matriz energética fóssil, não renovável e altamente poluente. Quando o governo desonera os derivados de petróleo, vai na contramão dos acordos internacionais para redução das emissões de gases de efeito estufa e de mudanças climáticas”, explica o presidente da Unem.

Suporte na Entressafra

Com o início da entressafra da cana-de-açúcar que vai de novembro a março, até poucos anos atrás, era comum os consumidores perceberem um aumento acentuado nos preços do etanol ocasionado pela diminuição da produção e oferta do produto no mercado.

A partir do estabelecimento da produção de  etanol de milho no Brasil, esta variação foi atenuada porque o setor trabalha em fluxo contínuo de 365 dias ao ano, garantindo o abastecimento no período crítico da entressafra da cana e com grande facilidade de migrar a produção do hidratado para o anidro conforme a demanda do mercado.

Nesta safra, entre os meses de maio e outubro, foram produzidos 358  milhões de litros de etanol de milho em média por mês. Agora, entre novembro de 2022 e abril, este volume será de 372 milhões de litros por mês.

De acordo com Guilherme Nolasco, o etanol de milho trouxe mais estabilidade para o setor de biocombustíveis, garantindo o abastecimento ao longo de todo o ano. Além disso, com o processamento do grão no Brasil, o setor produtivo passou a trabalhar com maior previsibilidade, uma vez que as indústrias compram o milho antecipadamente.

“O etanol de milho movimenta toda uma economia circular, que vai desde a valorização do grão e da geração de renda para o produtor até a oferta de produto e estabilidade de preço aos consumidores finais. Ao equiparar a carga tributária dos biocombustíveis com a gasolina, o governo federal fere preceitos legais e  desestabiliza toda essa cadeia produtiva, inclusive trazendo insegurança para os investidores”, afirma Guilherme Nolasco.

Evolução

Nas últimas cinco safras, a produção de etanol de milho no Brasil aumentou 450%, passando de 790 milhões de litros na temporada 2018/2019 para 4,39 bilhões de litros na safra 2022/2023. Neste período, o processamento de milho pelo setor passou de 1.47 milhão de toneladas para 10,1 milhões de toneladas. A produção nacional do grão também aumentou neste intervalo, de 100 para 125 milhões de toneladas, assegurando o abastecimento interno e a demanda das indústrias de etanol de milho.

UNEM - Producao de etanol BR. 2

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Senado realiza audiência pública para debater projeto de lei sobre sequestro geológico de carbono https://etanoldemilho.com.br/2022/12/02/senado-realiza-audiencia-publica-para-debater-projeto-de-lei-sobre-sequestro-geologico-de-carbono/ Fri, 02 Dec 2022 12:00:20 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=1907 O Senado Federal realizou na última quarta-feira (30) uma audiência pública para debater o Projeto de Lei 1425/2022, que trata da instituição do Marco Legal para Sequestro Geológico de Gás Carbônico. Requerida pelo senador Jean Paul Prates (PT- RN), autor da proposta, a audiência debateu sobre o processo de implantação e regulamentação da atividade de armazenamento permanente de dióxido de carbono em reservatórios subterrâneos.

O presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, foi um dos apresentadores da audiência e falou sobre o projeto CCS (Carbon Capture and Storage – Captura e armazenamento de carbono), que está em fase estudo pela associada FS na região de Lucas do Rio Verde.

Além de Nolasco, também participaram a pesquisadora Fernanda Delgado, do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Rafael Bastos, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a pesquisadora Hirdan Catarina de Medeiros Costas, do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa, além dos senadores Jean Paul Prates e Jayme Campos, relator do projeto na Comissão de Infraestrutura.

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Unem participa de reunião com equipe de transição do governo federal https://etanoldemilho.com.br/2022/12/02/unem-participa-de-reuniao-com-equipe-de-transicao-do-governo-federal/ Fri, 02 Dec 2022 11:41:15 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=1904 A Unem participou, na última terça-feira (29), da reunião da equipe de transição do novo governo federal e representantes do setor de biocombustíveis do Brasil. O encontro realizado em Brasília, no Centro Cultural do Banco do Brasil, foi uma oportunidade para a Unem falar sobre o crescente desempenho do setor e as principais demandas para consolidação do etanol de milho como uma alternativa de combustível renovável.

UNEM - Reuniao com equipe de Transicao
Presidente executivo da Unem, Guilherme Nolasco, na transição do governo

Ao lado de representantes das principais entidades de biocombustíveis do Brasil, a Unem falou sobre o crescente desempenho do setor e apresentou as principais demandas para consolidação do etanol de milho como uma alternativa de combustível renovável, com importante contribuição para o setor produtivo do grão, indutor das cadeias de proteína animal e de florestas plantadas e produtor de energia elétrica. Entre as pautas apresentadas, se destacaram as questões tributárias, segurança jurídica e RenovaBio.

Além da Unem, participaram a Unica, Udop, Fórum Nacional Sucroenergético, Abiove, Ubrabio, Aprobio, Sifaeg, além dos membros da equipe de transição, senadores Kátia Abreu e Carlos Fávaro e do deputado Neri Geller.

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Setor do etanol de milho prospecta exportação de farelos de DDGS https://etanoldemilho.com.br/2022/12/01/setor-do-etanol-de-milho-prospecta-exportacao-de-farelos-de-milho/ Thu, 01 Dec 2022 20:41:20 +0000 https://etanoldemilho.com.br/?p=1898 A União Nacional do Etanol de Milho (Unem), participou do 4º Encontro dos Adidos Agrícolas Brasileiros, realizado pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Brasília. Com objetivo de conhecer as características e demandas de potenciais parceiros comerciais, a Unem se reuniu com representantes de sete países no último dia 30 e mais uma reunião por vídeo conferência no próximo dia 07 de dezembro.

Esta é a primeira vez que Unem participa do evento e integra o projeto para exportar produtos de nutrição animal oriundos da fabricação de etanol de milho, os chamados DDG / DDGS. Durante o encontro, a consultora da entidade, Andrea Veríssimo conversou com os adidos da Tailândia, Japão, Austrália, Vietnã, Reino Unido e da União Europeia, além do adido da China, que se reunirá virtualmente com a representante da Unem.

Nesta primeira aproximação, o objetivo da Unem é entender como funciona o mercado de nutrição animal nos países com maior potencial para comprar o DDGS produzido pelas indústrias associadas da entidade. Questões sanitárias, barreiras fiscais e comerciais e até aspectos culturais dos países precisam ser analisados para que o produto brasileiro consiga entrar no mercado de forma competitiva.

A seleção dos países foi feita com base em estudos de mercado realizados pela Unem em parceria com o setor de inteligência da Apex e com a consultora Andrea Veríssimo, conforme as expectativas dos associados. Segundo o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, foram considerados aspectos como potencial de consumo de ração, cadeias de produção animal, renda, perspectivas de crescimento, logísticas vocacionadas.

“O mercado internacional dos farelos de milho é novo para o produto brasileiro, mas com grande potencial. Em menos de dez anos vamos dobrar nossa produção e precisamos encontrar consumidores para dar vazão à produção ao mesmo tempo em que atendemos uma crescente demanda internacional. Os farelos de milho são importante insumo para produção de proteínas, ricos do ponto de vista nutricional e que podem auxiliar na produção de alimentos para população”, afirma Nolasco.

Andrea Veríssimo explica que a “melhor notícia” vem da Tailândia, que é o maior produtor mundial de ração. “O adido da Tailândia explicou que ração animal é o grande negócio do país, que está à procura de parceiros que possam fornecer insumos aos produtores de frango locais. Além disso, há também grandes feiras do setor que podem ser importantes vitrines para os produtos brasileiros”.

Outro país com que pode se tornar um consumidor dos farelos de milho é o Vietnã. De acordo com o adido, eles buscam ampliar a parceria com o Brasil e a nutrição animal é um nicho importante. O país é um dos principais compradores mundiais de milho, utilizado para produção de carnes, que aumentou cerca 30% na última década, segundo informações da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Exportações – Os embarques internacionais de DDGS começaram a ganhar força este ano, com a comercialização para países como Vietnã, Reino Unido e Nova Zelândia. Em 2020, o Brasil comercializou DDGS para a Inglaterra e Turquia, mas com a pandemia, em 2021 os envios foram suspensos e só retomados este ano. A expectativa é que o volume exportado em 2022 ultrapasse 400 mil toneladas para um total de dez países em cinco continentes. Este volume pode aumentar significativamente em 2023.

Na atual safra, a produção de DDGS brasileira deve ser de 3,5 milhões de toneladas e para 2030/2031 está projetada uma produção superior a 8 milhões de toneladas.

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